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2 de abr. de 2008

Case Caixa Econômica Federal e CBAt

Uma das parcerias mais completas do esporte brasileiro hoje é entre a Caixa Econômica Federal e a Confederação Brasileira de Atletismo, pois contempla todos os níveis do atletismo nacional, desde o patrocínio direto a atletas até a realização de eventos.

Esse esporte é um dos mais equilibrados mundialmente quanto à busca de resultados, devido a grande quantidade de provas e o número de medalhas distribuídas, além disso, é tido como “barato”, pois não requer muitos materiais para a prática, englobando muitos adeptos. Associando-se a realidade mundial, verificamos que as pessoas de camadas mais baixas economicamente têm no atletismo uma forma de vencer e assim melhorar economicamente suas vidas.

Diante desses aspectos, a parceria da Caixa Econômica Federal é naturalmente uma grande sacada, já que a maioria de seus clientes advém dessas camadas, pois o banco centraliza todas as contas de pensionistas, aposentados e fundos de garantia. Como explicitado por diretores da empresa, o patrocínio ao atletismo é a confirmação da vocação popular da empresa.

Verificamos que existe um salto de qualidade no esporte, mas ainda não foi suficiente para alcançar altos patamares no esporte competitivo, os resultados são esparsos, apesar de ter sido o líder em número de medalhas no Pan do Rio, 114 no total. Mas não podemos nos ater a esses dados porque a grande potência mundial do esporte, os Estados Unidos não enviaram seus principais atletas.


Como a prorrogação da parceria até 2012, podemos verificar que se trata de um
planejamento a longo prazo, o que é um grande alento para a evolução.

A parceria submete a uma exclusividade da Caixa junto ao atletismo, isso pode ser prejudicial quando se torna praticamente um monopólio junto ao esporte, os atletas ficam presos a contratos, que dificulta a obtenção de outros patrocínios e apoios.

Os atletas e treinadores têm uma ajuda de custo mensal, com o fornecimento de material esportivo oficial e de material promocional da Caixa, com a realização das competições nacionais e regionais, e com o apoio a programas voltados para atletas, técnicos, ex-atletas e iniciantes do esporte.

Existe um dado curioso sobre a associação da Caixa com o atletismo brasileiro, que a própria empresa diz que no atletismo há muitos negros e no começo de sua história (em meados do Século 19) os recursos obtidos pela empresa serviam para obter a liberdade de escravos, mais uma vez salientando que o banco buscou realmente se associar as classes baixas brasileiras.

Essa parceria se iniciou em 2001, mas antes disso, a Caixa auxiliou esportistas como Robson Caetano e Joaquim Cruz (dois grandes medalhistas brasileiros). Este apoio veio através de repasse de divisas a Confederação Brasileira de Atletismo.
De 2001 até hoje a parceria sempre se renovou, com um aumento gradativo do apoio em termos de valores e programas.

Sempre é importante ressaltar, as parcerias só tendem a dar certo com uma gestão esportiva de qualidade, é nesse aspecto que CBAt também se sobressai, possuindo como presidente da entidade Roberto Gesta de Melo, membro do Conselho da IAAF, além de um apaixonado por esporte, olimpismo e Jogos Olímpicos.

Karl Pinheyro


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