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8 de mar. de 2008

Vôlei no Brasil - Atenção

Superliga Masculina, dia 08 de março de 20008, dez e meia da manhã de um sábado ensolarado. O Jogo é entre Minas - Telemig Celular e São Caetano, válido pela 1ª rodada do 4° Torneio, com transmissão pela SPORTV, na Arena Telemig Celular, em Belo Horizonte. Em quadra jogadores como Nalbert, campeão olímpico em 2004 e David, melhor jogador do último Campeonato Mundial Juvenil e melhor bloqueador. A partida não é uma final, mas é de um campeonato do país bi-campeão olímpico e campeão mundial. Os mineiros já possuem o título de grandes amantes do voleibol, mas nessa manhã, onde se encontram os torcedores de Belô?
Acompanhando as superligas masculina e feminina verifico que os ginásios (arenas) continuam vazios, o esporte depende daqueles que utilizam ou consomem os serviços e produtos das empresas que expõem suas marcas em camisas, placas e outras propriedades, mas antes de tudo depende da energia, do calor e da paixão dos torcedores.
Começo a me perguntar porque uma equipe tetra-campeã não consegue levar seus amantes às cadeiras e arquibancadas, com o patrocínio de uma empresa de telecomunicações, não estará faltando divulgação (comunicação)?
Outras alternativas podem ser a explicação para esse "fenômeno". Não acredito que o novo formato do campeonato seja o principal fator, nem o horário do jogo, que foi adaptado para a transmissão da TV, essa primordial para a massificação do voleibol. O maior problema está na falta de ações que atraiam os torcedores ao espetáculo. O vôlei brasileiro continua em ascensão, o mundo volta seus olhos para os nossos jogadores, exemplo disso é o aumento a cada ano da exportação de valores para Europa e Japão, a maioria está na Liga Palavolo (Itália), onde as arenas estão sempre lotadas.
O voleibol brasileiro não pode e nem merece tomar o mesmo caminho que o futebol nacional, que agora se recupera de erros passados, pois os clubes estão tomando a consciência de que a corda no pescoço apertou. Devemos mudar essa cultura, inclusive na gestão esportiva, de só começar a se preocupar quando as dificuldades vêem a tona, principalmente no voleibol, que é um exemplo de planejamento e organização, o primeiro esporte no Brasil a ter um patrocínio oficial.
Devemos acordar antes que seja tarde, pois os torcedores e praticantes são os que conhecem o jogo, para com isso transmitir o conhecimento e consequentemente facilitar o surgimento de novos talentos, que manterão o nível de excelência do jogo do "Viagem ao Fundo do Mar".
Não sou amante dos norte americanos mas podíamos nos espelhar na NBA, por exemplo, criando ações parecidas a dessa liga, para que o voleibol brasileiro não faça uma viagem ao fundo do mar, e sim continue sua "Jornada nas Estrelas".
Viagem ao Fundo Mar - Saque inventado por Renan, medalha de prata em Los Angeles com a seleção brasileira e que ajudou na evolução do esporte e continua esse trabalho como técnico.
Jornada nas Estrelas - Saque inventado por Bernard, medalha de prata em Los Angeles com a seleção brasileira.

Karl Pinheyro

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