
Quatro painéis e 13 palestrantes reuniram na última segunda 5, em Porto Alegre, profissionais da área esportiva para debater quatro pautas do ramo: direito, tecnologias, marketing e mídia.
O Sports Market teve como objetivo mostrar cases de sucesso dos palestrantes, assim como debater o futuro no ambiente de negócios do esporte no Brasil. Eduardo Antonini, coordenador geral do Comitê RS Copa 2014, abriu as palestras falando sobre as oportunidades que a realização da Copa do Mundo dará aos gaúchos no âmbito profissional.
No primeiro painel do dia, onde foi debatido o Direito e o Esporte, o advogado Marcelo Amoretty apresentou ao público um case abordando o Direitos de Formação de Jogadores. Em seguida, Pedro Afonsin, presidente da Comissão do Jovem Advogado da OAB/RS, falou das modificações que a legislação brasileira sofrerá até 2014. E fechando a primeira parte do evento, André Junqueira, diretor jurídico de Intelectualidade do Grêmio, conversou com os congressistas sobre como gerar receita através da marca no esporte.
Carlos Presser Filho, diretor executivo da Footoob, deu seguimento aos painéis do dia com a pauta: “Novas tecnologias nos negócios dos esportes”, dando exemplos de modalidades como natação (macacões), futebol (acessórios de arbitragem) e atletismo (pista, roupas, tênis) que abriram seus leques de oportunidades no ramo do “business” esportivo.
Já Thiago Gonçalves, da Visiocore, apresentou o case Painel Digital no Beira-Rio. Encerrando os trabalhos da parte da manhã, o gerente de marketing do Botafogo (RJ), Josué Tissot debateu o patrocínio esportivo no futebol e as suas diversas formas de exposições.
Na agenda da tarde, três dos principais nomes do marketing esportivo brasileiro passaram as centenas de profissionais presentes no local, trabalhos de sucessos executados por eles. O foco do painel era: a globalização do futebol e o papel do marketing na profissionalização dos clubes.
Amir Sonoggi tratou da inserção do mercado brasileiro na globalização do mundial, mostrando a movimentação de dinheiro que as ligas esportivas dos EUA e da Europa movimentam com seus negócios. Ele defendeu a idéia dos clubes virarem empresas, com isso, criar uma plataforma de consumo para gerar rendas que faça que as agremiações tenham uma fonte de recursos independente dos resultados do time dentro do campo.
Logo após, Jorge Avancini, diretor de marketing do Internacional, mostrou todo plano estratégico do clube gaúcho para as recentes vitórias coloradas. O trabalho começou em 2002, quando o Inter quase caiu para segunda divisão. A partir daí, em 2003, foi feito o planejamento estratégico focado no sócio. O primeiro passo foi a centralização dos esforços e das metas apenas para o futebol. Em seguida, o objetivo foi captar novos associados para o clube.
"Reestruturamos todas as vice-presidências, acabamos com todos os gastos que não eram com o futebol e partimos para a captação de novos sócios. Mas nos sócios que estão conosco na boa e na ruim, o público das finais não me adianta. Trabalhamos para trazer o associado para dentro do clube, isso foi fundamental, sortear brindes está ultrapassado ”, diz Avancini.
Em 2001, o rubro tinha cerca de seis mil sócios. Hoje, o Inter conta com mais de 100 mil sócios-torcedores. Os resultados do trabalho do departamento de marketing colorado começou a dar frutos em 2005, quando ficou em segundo lugar no Brasileirão. No ano seguinte, veio a conquista da Libertadores da América e do Mundial de Clubes da FIFA. Em 2007, o time venceu a tríplice coroa internacional e em 2008 mais três títulos: Copa Dubai, Gaúchão e Copa Sul-Americana.
Avancini declarou que o clube já montou o planejamento estratégico até o ano de 2019, onde o foco é expandir a marca internacionalmente para obtenção de recursos oriundos de torcedores colorados espalhados pelo mundo.
O outro palestrante do painel foi Carlos Campos, gerente de marketing do Corinthians (SP). Campos começou o trabalho no time paulista quando o coringão caiu para segunda divisão. Ele comentou que o planejamento estratégico foi criado em cima do torcedor corinthiano. A equipe possui cerca de 30 milhões de torcedores, porém apenas 50 mil são sócios do rubro negro paulista.
As campanhas eram focalizadas na paixão dos torcedores, prova disso foi a primeira estratégia do clube com o slogan: “Nunca vou te abandonar”. Campos conta que a contratação de Ronaldo foi uma aposta do técnico Mano Menezes e que mesmo antes do jogador entrar em forma, a venda da sua camiseta já gerava milhões para o Corinthians.
“Resgatamos o orgulho do corinthiano, junto com isso, Mano resgatou o bom futebol. Com a vinda do Ronaldo, triplicamos o faturamento do clube, ganhamos visibilidade internacional, aumentamos os produtos licenciados. O Ronaldo é sócio do Corinthians, ele tem um salário na carteira e recebe 80% dos patrocínios da manga e do calção do uniforme”, completa o gerente corinthiano.
No quarto e último painel do evento, quatro jornalistas debateram com os palestrantes sobre mídia no esporte. Christiane Mattos, do jornal Diário Gaúcho, Nando Gross, da Rádio Gaúcha, Alexandre Aliatti, correspondente do portal Globo.com e Caco Motta, editor da RBS TV, falaram sobre as funções jornalistas em cada tipo de veículo, ética e relação entre mídia e patrocinadores.
“É um evento válido para ter conhecimento de assuntos que são realizados no mercado. Conhecer os trabalhos os profissionais de sucesso, mesmo que esses não sejam passados com tanto aprofundamento que mereciam”, diz Ricardo Aquino, gerente de marketing do Final Sports.
Fonte: Site Final Sports









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