
Max Mosley publicou carta na qual avalia seus 15 anos de gestão, enumera acertos e dificuldades e deseja boa sorte ao novo presidente, que será eleito neste mês
Decidido a se afastar do automobilismo, Max Mosley vê se aproximar a data de sua aposentadoria: no dia 23 de outubro, as entidades do esporte vão decidir quem será seu sucessor, Jean Todt — a quem o atual presidente da FIA apóia — e Ari Vatanen. Em carta publicada nesta quinta-feira (13), endereçada às entidades subordinadas à entidade máxima, Mosley enumera o que considera acertos de sua gestão e as dificuldades que o próximo dirigente terá de enfrentar.
Max, de 69 anos, acredita que o primeiro grande desafio de seus mandatos foi estabelecer critérios mais rígidos para a segurança: em 1994, antes de completar um ano na presidência da FIA, morreram Roland Ratzenberger e Ayrton Senna no mesmo fim de semana de GP de San Marino. "O resultado foram melhores proteções para cabeça e pescoço, o Hans, os capacetes, os cabos que seguram as rodas, o sistema de célula de sobrevivência e muitas outras inovações, e todas elas contribuíram para uma enorme melhora na segurança", disse. "Sem este progresso, as fortes batidas durante o recente GP do Japão, em Suzuka, poderiam facilmente levar a outro fim de semana trágico como Ímola", emendou.
"Sempre me preocupei, entretanto, em tentar assegurar que as melhoras na pista fossem relevantes para as ruas. Na nossa reação pós-Ímola, ficamos cientes de que os crash-tests de veículos de rua não eram atualizados desde 1974 e lançamos uma grande campanha para mudar isso. Tivemos sucesso em forçar uma mudança de lei na Europa, para desenvolver novos testes de impacto frontal e lateral", falou Max.
Mosley afirmou que trouxe progressos à F1, apesar dos obstáculos. "A F1 é sempre controversa. É difícil manter os custos de um esporte de alta tecnologia sob controle e, ao mesmo tempo, preservar a função reguladora da FIA, mantendo o crescimento do interesse no campeonato. Apesar das inevitáveis controvérsias, isso foi alcançado."
"Ser presidente da FIA é desafiador. As decisões que têm de ser tomadas nunca são fáceis. Um esporte tão competitivo e comercialmente significante como o nosso precisa ter uma abordagem robusta de governo, que não fuja de tomar decisões impopulares e aceite que, como presidente, levará a culpa por decisões impopulares, mesmo aquelas tomadas por razões puramente jurídicas", continuou.O dirigente declarou que muitas de suas ideias foram contestadas no início, mas se mostraram certas ao longo do tempo. "Frequentemente, porém, decisões altamente impopulares provaram estar corretas a longo prazo. Na F1, os exemplos são a eliminação dos carros de classificação, a imposição de uso de apenas um motor por todo o fim de semana e o congelamento dos motores. No momento, aquelas mudanças provocaram reações furiosas de muitas equipes. Hoje, nenhuma quer voltar aos velhos tempos, embora algumas tenham acabado as atividades por conta das mudanças. Há infinitos exemplos em todos os níveis do esporte."
Já no fim da carta, Max admitiu que os problemas se intensificaram em tempos recentes. "Nos últimos um ou dois anos, o nível de controvérsia sobre a FIA e minha função como presidente atingiram novas alturas. Em particular, tivemos de lidar com o roubo por parte de uma equipe de F1 da propriedade intelectual da sua principal rival. Mais recentemente, tivemos uma conspiração extraordinária para bater um carro deliberadamente durante uma corrida. Novamente, houve polêmica, mas, desta vez, a montadora tomou medidas e a verdade foi rapidamente estabelecida."
Desejando ao seu sucessor "o melhor para o futuro", declarou que opinará sobre questões da entidade desde que consultado. "Chegou a minha hora de recuar e aproveitar uma vida mais tranquila", disse.
Max, de 69 anos, acredita que o primeiro grande desafio de seus mandatos foi estabelecer critérios mais rígidos para a segurança: em 1994, antes de completar um ano na presidência da FIA, morreram Roland Ratzenberger e Ayrton Senna no mesmo fim de semana de GP de San Marino. "O resultado foram melhores proteções para cabeça e pescoço, o Hans, os capacetes, os cabos que seguram as rodas, o sistema de célula de sobrevivência e muitas outras inovações, e todas elas contribuíram para uma enorme melhora na segurança", disse. "Sem este progresso, as fortes batidas durante o recente GP do Japão, em Suzuka, poderiam facilmente levar a outro fim de semana trágico como Ímola", emendou.
"Sempre me preocupei, entretanto, em tentar assegurar que as melhoras na pista fossem relevantes para as ruas. Na nossa reação pós-Ímola, ficamos cientes de que os crash-tests de veículos de rua não eram atualizados desde 1974 e lançamos uma grande campanha para mudar isso. Tivemos sucesso em forçar uma mudança de lei na Europa, para desenvolver novos testes de impacto frontal e lateral", falou Max.
Mosley afirmou que trouxe progressos à F1, apesar dos obstáculos. "A F1 é sempre controversa. É difícil manter os custos de um esporte de alta tecnologia sob controle e, ao mesmo tempo, preservar a função reguladora da FIA, mantendo o crescimento do interesse no campeonato. Apesar das inevitáveis controvérsias, isso foi alcançado."
"Ser presidente da FIA é desafiador. As decisões que têm de ser tomadas nunca são fáceis. Um esporte tão competitivo e comercialmente significante como o nosso precisa ter uma abordagem robusta de governo, que não fuja de tomar decisões impopulares e aceite que, como presidente, levará a culpa por decisões impopulares, mesmo aquelas tomadas por razões puramente jurídicas", continuou.O dirigente declarou que muitas de suas ideias foram contestadas no início, mas se mostraram certas ao longo do tempo. "Frequentemente, porém, decisões altamente impopulares provaram estar corretas a longo prazo. Na F1, os exemplos são a eliminação dos carros de classificação, a imposição de uso de apenas um motor por todo o fim de semana e o congelamento dos motores. No momento, aquelas mudanças provocaram reações furiosas de muitas equipes. Hoje, nenhuma quer voltar aos velhos tempos, embora algumas tenham acabado as atividades por conta das mudanças. Há infinitos exemplos em todos os níveis do esporte."
Já no fim da carta, Max admitiu que os problemas se intensificaram em tempos recentes. "Nos últimos um ou dois anos, o nível de controvérsia sobre a FIA e minha função como presidente atingiram novas alturas. Em particular, tivemos de lidar com o roubo por parte de uma equipe de F1 da propriedade intelectual da sua principal rival. Mais recentemente, tivemos uma conspiração extraordinária para bater um carro deliberadamente durante uma corrida. Novamente, houve polêmica, mas, desta vez, a montadora tomou medidas e a verdade foi rapidamente estabelecida."
Desejando ao seu sucessor "o melhor para o futuro", declarou que opinará sobre questões da entidade desde que consultado. "Chegou a minha hora de recuar e aproveitar uma vida mais tranquila", disse.
0 comentários:
Postar um comentário