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2 de out. de 2009

Inflação do esporte é de 4,43% em doze meses, diz FGV

A inflação é formada por uma cesta com nove itens, entre roupa para prática de esportes, tênis e ingressos para eventos

Agência Globo

RIO - Comprar produtos ou serviços ligados à pratica de esportes ficou 4,43% mais caro em um ano. Os preços de serviços, como academias de ginástica e os eventos esportivos, subiram mais que o de produtos, como roupas e tênis. A taxa de 4,43% é levemente inferior à inflação apurada pelo IPC no período, que foi de 5,02%.

A inflação do esporte é formada por uma cesta com nove itens, entre roupa para prática de esportes, tênis e ingressos para eventos esportivos, e considerou a alta de preços no acumulado nos últimos doze meses, entre outubro de 2008 e setembro de 2009, segundo o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Comprar ingressos para jogos de futebol e outros eventos esportivos ficou 15,75% mais caro nos doze meses encerrados em setembro, mais de três vezes o preço médio ao consumidor. O preço dos ingressos de futebol no Brasil é definido a cada jogo, pelo mandante da partida, que é o time responsável pela organização e segurança do jogo e geralmente recebe a renda dos ingressos. Para se ter uma ideia, o preço dos jogos realizados no Maracanã tem sido em média de R$ 30 para a arquibancada, mas pode chegar a R$ 40 em partidas mais importantes.

Aqueles dedicados a manter o corpo e a saúde em forma também gastaram bem mais em um ano. O preço de academias de ginástica subiu 7,85% em um ano, quase o dobro da inflação do esporte de 4,43%.

"Os preços de serviços esportivos, como academias de ginástica e ingressos para jogos, tiveram variação maior que a dos produtos ligados a esporte. O comportamento segue uma tendência registrada na inflação ao consumidor como um todo, onde os preços de serviços subiram mais que de produtos", afirmou o economista da FGV André Braz.

Isso ocorreu, segundo ele, porque os trabalhadores que permaneceram empregados tiveram reajuste de salário maior que a inflação, o que permitiu espaço para o reajuste dos preços de serviços.

Na inflação geral ao consumidor (IPC), serviços como estacionamento (9,05%), alimentação fora de casa (7,18%), consulta médica (7,65%) e salão de beleza (5,61%) são exemplos de altas no preço maiores que a média no período entre outubro de
2008 e setembro de 2009 (5,02%).

Por outro lado, itens como roupas e tênis para esportes registraram deflação em um ano. O preço de tênis masculinos caiu 3,42% entre outubro de 2008 e setembro de 2009, enquanto os tênis femininos ficaram 3,08% mais baratos. Já o preço de roupa masculina para prática esportiva recuou 0,41% em um ano, enquanto o mesmo item para mulheres ficou 0,36% mais barato.

O economista André Braz lembra que os itens de vestuário ligados a esporte geralmente têm uma ampla fatia de importação, o que contribui para o aumento na competição dos preços.

"O real vem se valorizando nos últimos meses. Com o dólar mais barato, é mais fácil negociar preços melhores para o vestuário ligado a esporte, o que ajuda a evitar o aumento de preços", aponta o economista.


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