
Representando cerca de 56 milhões de torcedores, eles são os maiores alvos das transmissões televisivas e, veem nisso, com certa justiça, o potencial de terem os maiores valores com o marketing. Há, no entanto, problemas que distanciam os clubes de seus desejos. O primeiro afeta não só o futebol, mas o mundo inteiro: a crise mundial.
Com a insegurança da economia, a política da maioria das marcas é de segurar ao máximo toda renda que possui. Assim, um investimento maior do que o que já estava sendo feito fica praticamente impossível. Na realidade, a tendência é diminuir. O “efeito Ronaldo”, tão esperado pelo Corinthians, até pode ajudar, mas não enfrentará sozinho a turbulência global. É assim que pensa o especialista em marketing esportivo José Cocco.
“Pode ser que o valor cresça, se o Ronaldo vier a jogar bem e lotar os estádios. Pode ser que o valor do Corinthians aumente de acordo com a perfomance do Ronaldo enquanto atleta. Até agora, sua presença ficou só no marketing. Foi boa a estratégia, a visibilidade foi muito grande, mas não frutificou em patrocínio pelo pé atrás que as marcas têm. Será que ele vai jogar bem? Será que não vai machucar?”, questiona Cocco, que também diz que o fato de ser uma das maiores torcidas do Brasil não assegura um bom negócio.
“Falta um plano profissional das equipes para mandar para o patrocinador. Eles deveriam falar a mesma linguagem das empresas de marketing. Tem de especificar quantos são os consumidores, se ele é novo, rico, masculino e por aí vai. O patrocinador quer colocar dinheiro em um clube como coloca em um produto. E o clube precisa responder: o que sou como produto?”, completou.
Fonte: abril.com
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