AMANDA CAMASMIE
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Copa do Mundo, Olimpíada, novos produtos farmacêuticos,
fundos imobiliários e ambiente em nuvem. Quem está de olho em uma
recolocação em 2013, precisa prestar atenção nesses assuntos, pois eles
irão demandar a maior quantidade de vagas no ano, segundo levantamentos
feitos pela consultoria Fesa e Michael Page.
Dentre os 13 cargos com maior demanda no ano que vem estão os
diretores e gerentes de marketing do setor de Entretenimento. “Com a
Copa do Mundo e a Olimpíada, existe uma demanda crescente de
profissionais ligados a esse setor. Também temos de considerar a
melhoria do padrão de consumo da população brasileira, que hoje tem mais
acesso a bens e serviços”, afirma Leonardo Ribeiro, diretor da regional
do Rio de Janeiro da Fesa.
Segundo ele, foram criadas novas casas de shows, concessões do
governo para arenas, eventos em estádios de futebol e uma série de
novidades que impulsionam a indústria de Entretenimento. “Esse
crescimento [do setor de Entretenimento] com o aumento do poder
aquisitivo do brasileiro aumentaram a concorrência”, disse Ribeiro.
Os grandes eventos esportivos também vão gerar demanda para os
gerentes de contratos de obras pesadas, segundo a consultoria Michael
Page. A análise é de que os investimentos previstos para 2012 não foram
executados. A média salarial paga a esse profissional está entre R$ 16
mil e R$ 31 mil mensais. Belo Horizonte é a região em que o cargo terá
maior demanda.
Os engenheiros e gerentes de orçamentos de infraestrutura também
ganharão bastante espaço com esses acontecimentos esportivos, com
salário que pode chegar a até R$ 16 mil em São Paulo.
Já o mercado de óleo e gás continuará no foco por conta das mudanças
ocorridas na Petrobras. “Muitos contratos ficaram retidos e em 2013
devem ser retomados”, disse Ribeiro. Haverá, portanto, uma grande
demanda para diretores de operação. Ele frisou que o pré-sal reforça
ainda mais essa busca do mercado por esses profissionais.
Os gerentes de operações no setor logístico terão alto grau de
importância, principalmente no Rio de Janeiro, com uma média salarial
entre R$ 8 mil e R$ 18 mil mensais.
A indústria farmacêutica será outro setor quente no próximo ano. As
duas consultorias apontam que as empresas estarão à procura de gerentes
de assuntos regulatórios do setor farmacêutico. “As companhias precisam
saber se um produto é eficaz, seguro e estável para ser aprovado pela
ANVISA”, afirma Ribeiro. Já a Michael Page destaca que houve um grande
aumento do número de empresas ingressando no mercado nacional e latino
americano tornando esse profissional peça estratégica para garantir a
comercialização dos produtos, processo que pode levar até dois anos. A
média salarial desse profissional é de R$ 10 mil a R$ 18 mil mensais,
segundo a Michael Page. Vale destacar que a média está de acordo com o
mercado paulistano.
Os gerentes de vendas ou novos negócios estarão em evidência em 2013,
principalmente no interior de São Paulo, destaca a Michael Page.
Segundo análise da consultoria, eles serão responsáveis por executar
projetos de investimentos e startups. Será buscado um perfil de
profissional voltado à prospecção comercial mais agressiva aliada com
uma inteligência de mercado.
Há ainda uma grande demanda para gerentes de Private Equity, que anualmente podem ganhar
até R$ 600 mil no ano, com benefícios. Segundo a Michael Page, essa
indústria tem crescido nos últimos tempos como uma alternativa de
investimento e captação de recursos com eventos de liquidez que vêm
ocorrendo no mercado. Haverá busca por profissionais que saibam gerir
esses investimentos, tenham profundo conhecimento de vários mercados e
sejam analíticos.
No mercado de tecnologia os produtos ligados à nuvem farão com que as
empresas procurem mais profissionais especializados nas vendas desses
materiais. A Fesa indica que os diretores e gerentes de vendas e
pós-vendas de soluções de tecnologia em ambiente em nuvem terão bastante
emprego no próximo ano. A Michael Page reforça essa demanda no Rio de
Janeiro e aponta que esses gerentes podem ganhar até R$ 25 mil por mês.
Com a computação em nuvem, a mobilidade
também se fortalece e beneficia os desenvolvedores de aplicações móveis e
gerenciamento de dispositivos. O mercado está aquecidíssimo. A venda de
tablets mais que triplicou no Brasil, segundo a consultoria IDC.
Até o fim deste ano devem ser vendidos 2,6 milhões de aparelhos no
país. Bom para quem está preparado para desenvolver para esses
equipamentos.
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