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3 de jun. de 2011

Fundadora da Máquina da Notícia fala sobre nova agência de marketing esportivo

Aproveitando a demanda aquecida em função dos eventos esportivos, Máquina da Notícia lança a MSports

Luiz Gustavo Pacete - Portal Imprensa

Criada há 16 anos, a agência de relações públicas Máquina da Notícia possui dez unidades de negócio e aposta na integração entre off-line e on-line. A empresa atua nas áreas de relacionamento com a imprensa, organização de eventos e promoções, análises de exposição na mídia e produção de conteúdos. A Máquina da Notícia ficou conhecida pela gestão de imagem da espanhola Telefónica assim que a empresa de telecom chegou ao Brasil, em 1999.
Aproveitando as oportunidades de negócios e a demanda crescente por investimentos em comunicação esportiva em função da Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, que segundo pesquisa da FIA-USP pode impactar em R$ 285,2 bilhões na economia brasileira, a Máquina da Notícia acaba de lançar a MSports, voltada à comunicação esportiva. Ao Portal IMPRENSA, a sócia e fundadora da agência, a jornalista Maristela Mafei, destacou as motivações para a criação de uma empresa na área esportiva e falou sobre o crescimento do mercado nos próximos anos.

Portal IMPRENSA - Como surgiu a iniciativa de aproveitar a "onda esportiva" que vive o país?
Maristela Mafei - Identificamos que o segmento da comunicação esportiva tinha grandes perspectivas de desenvolvimento em virtude dos megaeventos que o Brasil receberá, Copa de 2014 e Olimpíada no Rio-2016. Antes do Brasil, apenas três países tiveram a primazia de receber com intervalo de dois anos essas competições - o que indica o quão único e importante é o cenário que temos diante de nós.

IMPRENSA - Quais as bases analíticas que vocês utilizaram para a criação da agência?
MM - Ao longo do último ano, realizamos pesquisas de mercado para definir o melhor posicionamento estratégico da MSports. Foi um trabalho amplo, que constatou um divisor de águas na história do marketing esportivo a partir do Pan de 2007. Até o século passado, investir em esporte - e consequentemente comunicar essa iniciativa -, via de regra, era algo exclusivo a estatais e grandes corporações multinacionais. No século 21, com os eventos no Brasil, isso é acessível também a empresas de médio e até pequeno porte.

IMPRENSA - A tendência de investir em esporte em função de jogos olímpicos e Copa garante um mercado esportivo aquecido depois dos eventos?
MM - Acreditamos que a onda de profissionalismo e o ciclo de investimentos que o mercado esportivo atravessa não é um fenômeno datado. Vejam, por exemplo, o caso espanhol: foi a partir da Olimpíada de Barcelona-92 que a Espanha desenvolveu uma cultura esportiva de ponta, que alçou o país às primeiras posições no futebol, basquete, automobilismo, tênis, ciclismo etc. O Brasil tem todas as condições para repetir o fenômeno.

Outra comparação cabível aqui é lembrarmos da questão da sustentabilidade no final dos anos 90 e início deste século, enquanto tema novo na agenda nacional. Hoje, toda empresa de grande porte incorporou em seus atributos iniciativas "verdes". Não há por que vislumbrar que o mesmo deixe de se repetir com os valores do esporte na segunda década do século 21.

IMPRENSA - De que maneira a nova agência vai atuar?
MM - A MSports se propõe a encontrar "a melhor modalidade para seu negócio". Nosso conceito parte do know-how desenvolvido pelo Grupo Máquina PR nos últimos 16 anos, que alçaram a agência à liderança em contas corporativas no Brasil: conhecemos as empresas, seus atributos e as mensagens-chave que desejam passar. A partir daí, buscamos oportunidades esportivas que atendam a esses predicados, para unir as duas pontas. E, claro, realizar a efetiva comunicação do investimento (com uma forte ação no ambiente online).Aqui cabe ressaltar que não estamos falando apenas dos megaeventos e grandes corporações. A depender da estratégia de uma companhia, pode ser mais interessante investir, por exemplo, na Fórmula Truck que na Stock Car, nas Olimpíadas escolares que nos Jogos Pan-Americanos.

IMPRENSA - Quais os prospects e clientes que vocês pretendem atender?
MM - Levantamento recente do Sebrae constatou que empresas de médio porte das cidades-sede da Copa-2014 receberão investimentos na ordem de R$ 30 bilhões em virtude do evento. Como disse antes, é um mercado novo dentro do universo esportivo brasileiro. Por sua ligação há muito estabelecida com a rede de empreendedores da Endeavor, o Grupo Máquina entende esse empresariado e compartilha de seus valores. Inicialmente, nosso foco é neste nicho - sem prejuízo dos clientes que o grupo já tem e que certamente irão incrementar suas estratégias de comunicação, incorporando produtos esportivos.

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