O presidente Lula deverá assinar na próxima segunda-feira uma medida provisória (MP) que ampliará o controle do governo federal sobre as ações relacionadas ao planejamento do esporte. Assim, o Estado deixará de ser apenas financiador, e passará a ter poder de decisão junto às confederações para traçar estratégias visando os Jogos de 2016 no Rio.
Segundo o ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior, o governo federal passará a planejar junto com o COB as ações para o ciclo olímpico. “A atuação do estado vinha sendo muito tímida”, explicou ele ao jornal Folha de S. Paulo.
A ingerência do governo federal nas confederações se dará, principalmente, através da liberação de verbas. Além disso, os dirigentes terão que apresentar metas e mostrar um plano para que os objetivos sejam alcançados, de acordo com o “contrato de gestão” a ser assinado pelas entidades que regem cada modalidade.
Outra mudança será no Bolsa Atleta: a partir da sanção da MP, novos atletas inscritos no programa terão de assinar um termo em que se comprometem a realizar exames antidoping fora de competição.
Haverá ainda a criação do “Atleta Pódio”, que oferece benefícios maiores, de até R$ 15 mil por mês, àqueles que tiverem reais chances de medalha nos Jogos Olímpicos. O pré-requisito é que estejam entre os 20 melhores de suas modalidades.
“Será discutido entre COB, CPB, confederação e ministério se o atleta em questão pode mesmo chegar ao pódio. Porque às vezes a diferença entre o vigésimo e o terceiro dificilmente será superada”, explicou Marco Aurélio Klein, do Ministério do Esporte.
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