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4 de out. de 2009

Imprensa internacional repercute Rio 2016

Jornais destacam que os Jogos Olímpicos chegam à América do Sul pela primeira vez; diários norte-americanos analisam "nocaute prematuro" e a falha do "efeito Obama"

A imprensa internacional repercutiu a vitória do Rio de Janeiro em manchetes de suas versões online pelos quatro cantos do mundo. O El País, diário mais importante da Espanha, anunciou "Rio de Janeiro leva o sonho olímpico", dizendo que Madri não era uma das favoritas entre os apostadores, mas que mesmo assim chegou à final. Há inclusive uma enquete sobre se a capital espanhola deve concorrer agora à edição 2020, com a maioria dizendo que sim e outros que não, porque já perderam duas vezes.

O esportivo Marca exibiu o logotipo da campanha travestido de uma mão exibindo o sinal de negativo. "Após a euforia da passagem à final deixando Chicago e Tóquio no caminho, a votação final do COI favoreceu a candidatura brasileira por uma grande diferença (66 a 32). Acabou o sonho olímpico. Nos deixou um buraco no coração". Já o Mundo Deportivo, que é da Catalunha, não parecia nada chateado, e trouxe uma homepage bem brasileira, com fotos da comemoração e a manchete "Rio 2016".

O USA Today destacou o "nocaute prematuro" de Chicago, que acabou saindo na primeira eliminatória. "O resultado não demonstrou qualquer "efeito Obama", e deixa o presidente vulnerável a críticos que recentemente questionaram se ele deveria abandonar seu papel como presidente para ajudar a cidade onde começou sua carreira política".

O Chicago Tribune exibia imagens da decepção da população local. "Chicago fora; Rio vence", era a manchete. O jornal informou que Chicago teve somente 18 dos 94 votos da primeira rodada. Madri ganhou essa rodada, com 28 votos, seguida por Rio, com 26 e Tóquio, com 22. Na segunda, o Rio teve 46, Madri, 29, e Tóquio, 20. No final, foram 66 para o Rio e 32 para Madri.

O New York Times também analisou o nocaute prematuro de Chicago e descreveu as cenas cariocas. "Dezenas de milhares de pessoas começaram a comemorar cedo na praia de Copacabana. Músicos tocavam samba em um palco com grandes telões ao lado, e as pessoas dançavam, segurando cones de algodão e mostrando as cores do país em perucas e biquínis verde-amarelo", afirmou o jornal, ressaltando que a cena era diferente da vista mais cedo em Chicago.

O Guardian lembrou que a decisão pode ser um desprezo a Obama e destacou a frase de Carlo Arthur Nuzman, presidente do COB: "Quando vocês apertarem o botão hoje, terão a chance de inspirar um novo continente, fazer a história olímpica".

Na França, o Le Monde noticiou que pela primeira vez os jogos serão realizados na América do Sul. "No Rio, quando se anunciou a vitória, houve uma explosão de alegria entre as dezenas de milhares de pessoas que estavam na praia de Copacabana", afirmou.

O diário Clarin, da Argentina, destacou o fato de que os Jogos chegam pela primeira vez à América do Sul. "Felicidade sul-americana", afirmou. Já o esportivo Olé saiu-se com essa: "Me Rio de Janeiro", um trocadilho mostrando que a cidade está rindo. "O Brasil dança: Copa do Mundo em 2014 e Jogos Olímpicos dois anos depois".

Nas redes sociais, a notícia se espalhou, e por volta das 14h30 a palavra Janeiro já era a número um nas topic tendings (tendências de tópicos mais comentados) do Twitter.

Até mesmo o jornal espanhol Marca fez uma sátira da derrota de sua própria cidade para o Rio de Janeiro. Em sua homepage, o jornal colocou a manchete "Adios al Sueño Olímpico", ilustrada com o logo oficial da candidatura de Madri (uma mão, com as cores que representam os arcos olímpicos). Após a decisão do COI, porém, o jornal colocou a imagem de cabeça para baixo, como se a mão fizesse o símbolo negativo da derrota (veja abaixo).












Fonte: Site Meio&Mensagem

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