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23 de set. de 2009

Governo teme por futuro de estádios da Copa 2014

Em seminário que acontece em São Paulo, ministro do Esporte revela preocupação com a possibilidade de novas arenas se tornarem "elefantes brancos"

Robert Galbraith

Com o objetivo de incentivar o desenvolvimento de negócios e parcerias entre empresas brasileiras e portuguesas para a realização da Copa de 2014 no Brasil, o seminário "Copa 2014 Rodada de Negócios" prossegue nesta terça-feira, 22, no hotel Tivoli, em São Paulo. A palestra de abertura é do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, com apresentação de um panorama macroeconômico do Brasil, seguida de painel dedicado aos projetos de financiamento da iniciativa privada por parte do BNDES.

O restante do dia está reservado para reuniões entre empresários e membros das associações de classe para discutir as obras que serão necessárias até 2014 para viabilizar o evento. O seminário é organizado pela Câmara Portuguesa de Comércio no Brasil e pela Rede Globo de Televisão.

Na abertura, realizada na segunda-feira, 21, estiveram presentes os ministros Orlando Silva, do Esporte, e Luiz Barreto, do Turismo, além do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. Silva e Barreto reforçaram o compromisso do governo brasileiro com o conteúdo do caderno de encargos, lembrando que o BNDES abrirá linhas de financiamento para todas as obras que visam melhorar a infraestrutura do País para o torneio.

Para a construção de estádios, porém, a verba do banco oficial está limitada em R$ 400 milhões para cada uma das 12 cidades. Silva justificou o teto alegando que existe um temor por parte do governo de que algumas das arenas prometidas à Fifa possam se tornar obsoletas após a realização do Mundial.
"Estamos incentivando a construção de estádios menores em cidades onde não há perspectiva de retorno após a Copa", disse o ministro dos Esportes.

Uma das cidades que pode ser afetada é Brasília, que já cogita fazer uma arena para 40 mil pessoas em vez de uma para 70 mil. O projeto original só deverá ir em frente caso a capital federal consiga tomar de São Paulo o jogo de abertura. O ministro do Turismo, por sua vez, afirmou que os investimentos para o Mundial de 2014 não estão restritos às 12 cidades indicadas pela Fifa para receber os jogos. "Nossa programação é divulgar 65 destinos do turismo nacional. Queremos que tanto a Copa quando a possível Olimpíada sirvam para o desenvolvimento do turismo em todo o Brasil", afirmou Barreto.

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