Qual marca usar?

Por: Rafael Zanette

Você acaba de fechar contrato com um clube, atleta e/ou evento. E agora, que marca usar? Depende. O que você está buscando? Qual a sua estratégia? Que público você busca atingir? Você está lançando algum produto? Uma nova campanha que queira divulgar? Por isso, a resposta é depende.

O clube, atleta e/ou evento vende para seus patrocinadores o que chamamos de propriedades. As propriedades variam de acordo com cada esporte. Por exemplo, na natação uma propriedade é a touca do atleta, no futebol uma propriedade é a manga da camisa, para um evento de skate a pista pode ser uma propriedade, um atleta de vôlei de praia pode ser o biquíni e assim por diante.

Fonte: Site Fanáticos po Futebol

Então, a grande dúvida é, colocar o marca do produto ou da empresa? O mais comum é que os patrocinadores utilizem o nome da própria empresa. Como é o caso da Unimed, Fiat, Vivo, LG, Correios, Banco do Brasil, Petrobras, Medial, etc. Outra estratégia comum é começar com o nome da empresa e depois passar para os produtos. A Cimed fez isso no vôlei, nos primeiros anos a marca utilizada era a própria Cimed, depois passou para Nevralgex, Cimegrip, etc. Outra estratégia é quando a empresa possui mais de uma propriedade no mesmo clube e utiliza uma para um produto, outra para a empresa como era a Petrobrás no Flamengo que colocava a marca na frente e na manga utilizava Podium, um produto da mesma organização.

Agora o que me chama mais a atenção é a criatividade de algumas empresas, achei interessantíssimo o “teaser” feito pela Visa, utilizando o Corinthians. A empresa comprou a frente e as costas da camisa do clubes, no segundo jogo do Ronaldo. Na ocasião ela colocou a palavra Go. que fazia parte da sua nova campanha. O que despertou o interesse de muita gente. O mais interessante, no meu ponto de vista, foi que ninguém sabia do que se tratava o assunto. A dúvida pairou no ar, até que poucas horas depois veio a propaganda de TV explicando do que se tratava a campanha. Resumindo, o patrocínio esportivo foi usado como “teaser” e depois anunciado a campanha mundial na TV com toda a explicação. Outro exemplo foi no jogo Botafogo x Corinthians pelo brasileiro, o clube paulista que estava usando a marca Batavo, colocou o logo da Perdigão, já que a primeira pertence a segunda trocou-se as marcas apenas para este jogo, pois a Perdigão queria chamar atenção do grande público para sua nova campanha, dessa forma utilizou de uma propriedade que a pertence, porém é utilizada por outra marca do grupo. São essas atitudes que despertam o interesse das pessoas e chamam atenção para a nova campanha. Agora é importante que se utilizem outras ações de marketing para anunciar com mais detalhes do que se trata a campanha, um comercial de TV é excelente para isso.

De maneira geral, acredito que o melhor a ser usado para um patrocínio esportivo deva ser a marca com o nome da empresa. É um espaço que está voltado mais para o marketing instituicional, para agregar valor a marca. Caso opte por utilizar o produto, deve ser seguido obrigatoriamente de outras ações que expliquem do que se trata, como o caso da Visa. De todo modo, sou a favor de um planejamento estratégico para melhor utilização das propriedades. Utilizá-las de forma criativa pode ser tornar o grande diferencial, desde que não se deixe de fazer o dever de casa que no caso é a ativação do patrocínio.

Caso queiram entrar em contato comigo meu e-mail é rafazanette@ibme.org.br