
"Vamos nos reunir com o prefeito. Há algumas tentativas de parceria, mas não nada está consolidado. Estamos vendo o que será melhor para a equipe e para Brusque, e se a prefeitura tem interesse", disse Oswaldo Tulita, gerente administrativo da equipe, em entrevista ao "UOL Esporte".
Segundo os dirigentes, a negociação com a Oi é o principal motivo da retração, uma vez que a nova dona da empresa não tem interesse em patrocinar o vôlei. Assim, dias depois do fim da temporada, a Superliga já não conta com pelo menos três equipes. Além de Finasa e Brasil Telecom, a Medley também vai sair do esporte depois de bancar uma temporada do Banespa.
A confusão, no entanto, não assusta a CBV. Em comunicado oficial, a entidade falou que a saída dos patrocinadores é algo normal. E declarou ainda que existem empresas dispostas a aportarem recursos no segundo esporte mais popular do país.
"É de fato uma pena que uma equipe tradicional como o Finasa/Osasco deixe de ter um time de ponta. A saída de um patrocinador, no entanto, é um fato que se repete há 20 anos. Não é preciso pânico. A Superliga vai continuar, outras equipes vão aparecer e as atletas serão recolocadas", disse Ary Graça, presidente da CBV.
A entidade ainda confirmou que está estudando possíveis mudanças no sistema de ranqueamento das atletas. A ferramenta que serve para equilibrar as equipes participantes deve ser alterada, para evitar que estrelas "desempregadas" como Paula Pequeno e Thaissa, ex-Finasa, sejam obrigadas a irem à Europa.
Fonte: Site Máquina do Esporte
É muito triste verificar que a Gestão da Confederação Brasileira de Voleibol parece que não acompanhou o crescimento e evolução do esporte brasileiro, em questões como marketing (patrocínios). Sabemos que os produtos possuem prazos, mas que a CBV sem profissionais competentes, não conseguiu entender as máximas que regem a administração da atualidade. Dizer que "outras equipes vão aparecer e as atletas serão recolocadas", é jogar a responsabilidade para o improvável, totalmente amador. Onde está o planejamento da entidade que não previu que isso poderia acontecer, e agora como a maior parte dos dirigentes brasileiros, recorre-se ao imediatismo e a Deus dará. Precisamos de Ligas Profissionais, que saibam administrar seus campeonatos, porque não fazer como a NBA, que coloca os atletas para serem escolhidos antes da temporada, visando o equilíbrio.
Depois da onda de repatriamento das jogadoras medalhistas de ouro em Pequim, podemos ter o inverso, mesmo com a crise mundial, que paradoxo. Mais uma vez ficamos a mercê da falta de profissionalismo, que não aproveitou para crescer durante a tormenta externa.
Poderia escrever linhas e mais linhas sobre o amadorismo que se faz latente, mas enquanto formos escravos de uma mídia monopolista e de pessoas com interesses apenas políticos (poder), seremos o país do futuro, e não o Brasil de Futuro.
Karl Pinheyro
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